Cobogó: veja como usar divisória que é criação brasileira e está sempre em alta

Versátil e estiloso, o cobogó é um revestimento vazado que tem a função de separar os ambientes, mas sem comprometer a ventilação e luminosidade.

Queridinho e super atual, o cobogó é benquisto pelo charme que seu desenho agrega no décor de interiores, assim como pelo ar retrô.

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O painel vazado deste apartamento, além de formar um elemento escultural entre a cozinha e a sala de estar integradas, permite a passagem de luz do sol pelos recortes do cobogó, criando um efeito interessante no piso |Fotos: Carol Tomaselli
O painel vazado deste apartamento, além de formar um elemento escultural entre a cozinha e a sala de estar integradas, permite a passagem de luz do sol pelos recortes do cobogó, criando um efeito interessante no piso |Fotos: Carol Tomaselli

Criação brasileira da época de 1920, a invenção, que saiu da mente de três brasileiros pernambucanos – dois comerciantes e um engenheiro –, tornou-se muito popular e presente, até hoje, nos lares. Flexibilidade, textura e volume são algumas das características apreciadas nos projetos de lofts, apartamentos, quitinetes e outros espaços.

“Com a diversidade de estilos, materiais e formatos, na arquitetura de interiores o cobogó nos propicia um emprego bastante diversificado. Ele é excelente para separar, por exemplo, uma cozinha da área de serviço, assim como a ligação entre dormitório e banheiro e a garagem com o restante da casa. Além de preservar os espaços em si, mesmo com a permeabilidade visual, atua como uma ‘contenção’ para que os odores não transitem entre os ambientes”, comenta a arquiteta Flávia Burin, do escritório Studio HA.

Materiais do cobogó
Usado para dividir os ambientes sem perder a integração, o cobogó é um recurso muito bem-vindo em apartamentos pequenos. Neste projeto realizado pelo escritório Studio HA, o revestimento separa a sala da cozinha, porém não compromete a circulação de ar e a luz natural que vem da janela. |Fotos: Carol Tomaselli

Segundo Flávia, além de sua aplicabilidade, o cobogó é um revestimento que acrescenta personalidade na decoração dos ambientes, podendo ser encontrado em diferentes materiais e permitindo sua inserção em diferentes estilos decorativos. Porém, cada material traz uma característica específica para o ambiente. Acompanhe:

Concreto:

Material que deu origem ao cobogó, é resistente e comumente usado em situações em que estará exposto ao sol e chuva. Quando instalado na parte interna da casa, harmoniza muito bem com ambientes com características industriais ou mais rústicos;

Vidro:

Mais delicado, é indicado para os moradores que buscam atribuir mais leveza aos cômodos, principalmente em ambientes com um estilo mais moderno, clean e minimalista. Além disso, oferece mais passagem de luz, sendo uma boa divisória ou painel decorativo perto de um jardim de inverno, por exemplo;

Gesso:

Com a polivalência de ser aproveitado tanto nas áreas internas, quanto nas externas, o cobogó de gesso é um dos mais adotados atualmente. Por conta de seu acabamento branco, facilita a vida dos moradores que desejam permanecer com a cor. Sua única desvantagem é a manutenção, pois dão mais trabalho para mantê-los com a aparência original;

Cerâmica:

Considerado o material mais usado, uma vez que existe uma grande variedade de tons – um ponto positivo se a intenção é adicionar cores no espaço. Também pode ser colocado tanto nas áreas externas e internas, criando divisórias entre os cômodos e permitindo que o usuário possa optar pelo acabamento natural que lembra o tijolo. “Sem contar que podem receber pintura com tinta fosca ou brilhante”, acrescenta a arquiteta.

Onde usar o cobogó?
Nesse projeto, além da funcionalidade, a utilização do cobogó inclui a passagem do ar e da luz e a separação dos espaços dentro do conceito de integração de ambientes. Os padrões criados na passagem adicionam um efeito único ao décor |Fotos: Carol Tomaselli

Por ser um revestimento muito versátil e funcional, o cobogó pode ser disposto em diversas situações. Inicialmente, sua utilização era exclusivamente para fachadas de casas, contudo, tornou-se uma peça decorativa que vai bem em praticamente todos os ambientes do lar, sendo capaz de deixar os cômodos mais interessantes, criativos e iluminados.

O cobogó serve para dois propósitos distintos. Nas áreas externas, como fachadas e muros, funciona como item decorativo. Já nas áreas internas, serve para dividir espaços, mantendo a ventilação e a entrada de luz natural nos ambientes” explica Flávia.

Em fachadas de casas – tanto com estilo tradicional ou mais modernas, a melhor decisão é pelo concreto, pois ajuda a erguer muros permitindo a passagem de ar. Já na parte interna, eles se adaptam a qualquer cômodo: na cozinha, é possível colocá-lo entre a área de serviço ou sala de jantar, já que mesmo com a separação dos ambientes, conseguem manter a integração.

Os cobogós não são muito comuns nos quartos, mesmo assim contribuem na decoração quando a ideia é criar uma divisória entre o ambiente e o closet – nestes casos, os modelos de vidro são mais interessantes.

No banheiro, os cobogós de cerâmica e o de vidro também servem para compor a decoração, sendo que a forma mais tradicional é executar uma parede estreita entre a área do box e o restante do banheiro.

Cobogó na decoração
O cobogó dá destaque em qualquer cantinho da casa e, nesse projeto, introduziu um atrativo ainda mais especial. Para fazer a divisória entre sala de estar e cozinha, Flávia utilizou elementos com 70 cm de profundidade x 2,50 de altura, de maneira que não comprometeu os espaços integrados. |Fotos:Carol Tomaselli

A decoração com cobogó é uma alternativa que adiciona mais leveza em relação às paredes que dividem os cômodos, mas sem criar uma sensação pesada no local onde estão inseridos.

Quando colocados no afastamento de uma parede, fazem um bonito contraste com cores diferentes ao fundo ou recebendo uma iluminação especial. “Eles proporcionam combinações em qualquer estilo de décor. Também é possível personalizá-los, pois existem fábricas que aceitam encomendas”, informa a arquiteta.

Cuidados e manutenção

De acordo com Flávia, dependendo do material usado, esse revestimento pode não suportar muito peso, de modo que não pode vir a se tornar uma parede de sustentação.

Já a limpeza é bem simples, uma vez que água e detergente neutro são eficazes para a higienização. Para os recém-instalados, que ainda possuem restos de cimentos, é recomendado o uso de uma lixa d’água 320.

Na parte externa, onde o dia a dia é mais pesado, o ideal é a utilização da máquina de lavar com alta pressão jato leque aberto. “Normalmente, a preferência é por materiais de alta qualidade e durabilidade, versáteis e fáceis de limpar”, finaliza a arquiteta.

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