Portas de correr: invista nessa solução para ganhar espaço e praticidade em casa

Hoje em dia, com o grande número de apartamentos de pequenas metragens, é essencial investir em alternativas para ganhar espaço e tornar o lar mais confortável, especialmente agora, que todos passam mais tempo em casa.

Uma excelente alternativa é apostar nas portas de correr e, por isso, aqui estão os modelos mais comuns do mercado e dicas importantes para que sejam instaladas de forma correta.

Projeto de Bruno Moraes com fotos de Luis Gomes

“Além da parte estética, a maior vantagem das portas de correr consiste na economia de metragem. A porta tradicional, também chamada de porta de giro, abre um raio para fora do ambiente que impossibilita ocupar essa área com mobiliário ou objetos. Assim, é preciso mantê-la livre para a abertura. Já uma porta de correr não tem esse problema! Para ambientes apertados, lavabos, depósitos, quartos pequenos, entre outros cômodos, elas são uma excelente solução para conseguir ampliar o espaço interno, além de aumentar a circulação”, explica o arquiteto Bruno Moraes.

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Tipos de Portas

Há vários tipos de portas de correr disponíveis no mercado. Bruno destaca três dos tipos mais comuns atualmente, que comentará uma a uma:

1 – Porta embutida e que corre dentro da parede;

2- Porta de correr que fica em frente da parede com a roldana e o trilho aparentes;

3- Porta de correr que fica em frente da parede, mas com roldana e o trilho escondidos

DETALHES DE CADA TIPO DE PORTA
Porta 1 – Embutida e que corre dentro da parede

Esse estilo é muito procurado em razão do resultado do acabamento e em função da maior privacidade obtida, pois a porta apresenta melhor encaixe com a parede. Assim, Bruno indica dois caminhos para embutir a porta:

O primeiro é a montagem de uma espécie de “segunda parede” (geralmente em drywall, em razão da menor espessura) e paralela àquela já existente, ocasionando em uma pequena reforma, com massa corrida, pintura e etc. Assim, a porta de correr passaria nesse vão entre as paredes.

Porém, essa alternativa não é a melhor solução, segundo Bruno. “Mesmo com drywall, que é mais fino que a alvenaria, ficamos prejudicados com a perda de espaço, pois no desenho final ficará uma parede, a porta no meio e, então outra parede. Porém, ainda assim, esse é um sistema que muitas pessoas utilizam”, comenta o arquiteto.

segunda alternativa, mais interessante, na visão de Bruno (apesar de haver quebra-quebra) consiste em kits metálicos de portas de embutir (com algumas marcas no mercado que podem ser compradas via internet).

“O kit consiste em uma porta e uma estrutura metálica. Na obra é necessário quebrar a parede, encaixar os componentes, e então apenas colocar um revestimento na frente, que pode ser uma marcenaria ou uma placa de drywall, sem a necessidade de uma nova parede. Em resumo, a porta ficará no meio desses dois revestimentos. Então, visualmente ficará uma parede única com espessura bem fininha”, aconselha Bruno.

Porta 2 – Localizada em frente da parede e com trilho aparente

Para o arquiteto, essa é uma opção esteticamente bonita e prática, pois não há obras. O trabalho consiste na instalação de um trilho e de uma porta de correr em frente da parede já existente e com a presença de um pequeno vão entre os dois. Sua colocação é fácil, pois se baseia em apenas furar a parede e instalar o sistema da porta. Porém, sua principal desvantagem é o preço mais caro das ferragens e roldanas, que são feitas em materiais mais nobres para que possam ficar aparentes.

“Em muitos casos, o valor das ferragens será similar à marcenaria, portanto é preciso avaliar com calma essa possibilidade”, recomenda.

Porta 3 – Porta de correr que fica em frente da parede, mas com roldana e o trilho escondidos

O terceiro é o sistema mais tradicional. Assim, como no exemplo anterior, há a instalação de um trilho e de uma porta de correr em frente à parede já existente e com um pequeno vão entre os dois. Porém, nos casos em que o trilho não registra um acabamento tão atrativo, a alternativa é instalar um bandô para escondê-lo.

Um exemplo bem criativo para a economia do espaço é a junção de porta e armário de correr que Bruno incluiu em um de seus projetos (fotos acima). O painel de madeira ripado é separado em 3 diferentes partes: o primeiro com a porta de entrada para o quarto do casal, o segundo e terceiro com portas de guarda-roupas. O acabamento em marcenaria esconde o trilho na parte de cima, que traz a impressão de ser um painel fixo, quando fechado. Assim, mesmo que o guarda-roupa esteja posicionado em uma posição incomum (voltado para a sala), ninguém percebe sua real utilização. Para dar charme, a discreta iluminação no chão revela, de forma delicada, essas separações.

Materiais mais utilizados

Bruno conta que o material mais usual para as portas é a madeira, tanto em função do peso, como pela facilidade de acesso. Todavia, ressalta que os modelos em vidro e em metal também ficam muito elegantes, mas precisam de um estudo específico e de acordo com a situação. No caso específico do metal, que é um material mais pesado, é necessário tomar cuidado com o peso da porta, pois talvez seja necessário fazer um reforço na estrutura (trilhos e roldanas).

Porta de Entrada x Porta de Correr

Não é usual encontrar na entrada das residências, sobretudo de apartamentos, portas no estilo de correr e o arquiteto explica a razão. Além da questão da padronização do condomínio, em que todos necessitam ter portas iguais ou parecidas, também há a questão da segurança em comparação com os tipos de portas convencionais. O modelo de giro (mais comum no mercado) possui estrutura metálica reforçada na lateral, diferente da porta de correr, que comumente registra apenas pinos na parte inferior. Portanto, sua utilização é mais recomendada em áreas internas.

Cuidado em outras situações

Atenção! O arquiteto afirma que as portas de correr são bem-vindas em todos os cômodos, mas recomenda cautela na instalação em ambientes que requerem mais privacidade. “No caso dos banheiros ou quartos, eu não indico o tipo de porta que fica em frente à parede, pois existe uma pequena fresta que poderá ocasionar constrangimentos. Nesses casos, se não for feito algum tipo de acabamento para fechar o ângulo de visão e a passagem de sons, com marcenaria, por exemplo, haverá o risco da perda de privacidade”, alerta.

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Outras situações em que é preciso ficar de olho são: “Se você tiver hidráulica ou elétrica passando naquele trecho da parede, eu não indicaria a instalação, assim como em casos em que o morador quiser fixar uma TV na parede onde a porta será embutida, pois na hora de parafusar o suporte há o risco de arranhar a porta”, reforça Bruno.

Manutenção

Bruno conta que, se todos os detalhes forem levados em conta na hora de escolher a porta, como tipos de materiais, tamanhos e pesos, dificilmente haverá grandes manutenções. “Mas, caso ocorra alguma escolha equivocada, como um trilho que não aguenta o peso da porta, com certeza isso resultará em manutenção futura, em razão do desgaste proporcionado. Portanto, é melhor contratar um arquiteto ou um marceneiro de confiança para conseguir orientação sobre os melhores trilhos ferragens para o tipo e sistema de portas escolhido”, finaliza.

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